NOSSO FACEBOOK
Notícia
Notícia

Segurança na Estrutura Metálica.

Métodos de Trabalho.
Publicado: 07/06/2016 às 08:38:26

Incorporação de medidas de segurança na fase de projeto

Alguns países já adotam o conceito design for construction safety (DfCS) - projeto para construção segura -, quando se incorpora aspectos de SST na etapa de projeto. A indústria da construção em aço nesses países parece estar entrando em uma nova era em que a SST é adicionada como um dos principais critérios do projeto5.

De uma atenta análise das práticas de SST incorporadas no projeto de estruturas metálicas, a seguir apresentam-se algumas orientações.

Marcação dos pontos de içamento nas peças

Todo içamento deve ser o mais estável possível, evitando-se choques e movimentos bruscos, lateralmente e verticalmente. Por isso, a determinação do ponto de equilíbrio do sólido, o centro de gravidade (CG), é de suma importância para o sucesso do levantamento de cargas8.

projeto04

Técnica de içamento ideal pelo centro de gravidade da peça.

O cálculo do CG geralmente não é realizado no canteiro. Por isso recomenda-se a identificação do pesos e ou do CG em peças grandes ou de forma irregular6 e a indicação dos pontos de içamento nas próprias peças7, de acordo com o equipamento e a quantidade de cabos a serem utilizados na operação.

Desenvolvimento do plano de montagem e do plano de rigging

projeto07A sequência de montagem deve seguir certas premissas a fim de assegurar a estabilidade da estrutura e evitar seu colapso progressivo e erros de montagem. Outro fator a ser considerado na ordem de ligação das peças é a possível obstrução de acessos para montagens seguintes. Diferentemente do diagrama de montagens, que objetiva mostrar a localização das peças na estrutura, o Plano de Montagem deve conter os seguintes pontos8: núcleo de contraventamento a ser montado primeiro (caso não seja possível, criar estruturas provisórias de contraventamento na primeira parte da estrutura a ser montada); sequência de montagem a partir do núcleo inicial; dimensionamento, posicionamento e tipo das estruturas provisórias de estabilização, se existirem, e plano de rigging.

O Plano de rigging é elaborado na forma de procedimentos e representações gráficas com o intuito de garantir a segurança da operação por meio do detalhamento da movimentação vertical das peças, desde o local da armazenagem até a sua posição final na estrutura.

A NR182 não faz referências ao plano de montagem, nem ao plano de rigging, prevendo somente um documento denominado “plano de cargas para gruas”, que, pela nomenclatura, dá indícios de que é específico para gruas e não há recomendações quanto ao uso de outros equipamentos.

Métodos de acesso seguro às posições de trabalho

A instalação dos sistemas de escada permanente ou temporária, logo que possível, ajuda a eliminar alguns riscos associados ao acesso temporário; entretanto, nem sempre é possível alcançar os pontos necessários por meio de escadas. Para evitar restrições de acesso, sistemas de acessos temporários, como andaimes, podem ser instalados no limite da estrutura do edifício.

projeto03

Técnica para acesso temporário: ‘montar a cavalo’ ou beamstraddling.

O acesso seguro pode ser conseguido a partir de pisos metálicos ou pranchas pré-moldadas instaladas no andar inferior6 ou a partir de plataformas modulares desmontáveis, desde que previstos no projeto os meios para a sua instalação9.

projeto02

Técnica de acesso seguro às posições de trabalho temporário: plataforma de segurança.

Métodos para instalação de sistema de proteção contra quedas

Um dos riscos mais críticos na construção em estruturas metálicas é o de queda que ocorre durante a realização de trabalho em altura, acima de dois metros do nível inferior2.

Os sistemas de proteção contra quedas podem ser4: a) sistema de prevenção de quedas, que impede o trabalhador de ficar numa posição de onde poderia cair; b) sistema de retenção ou contenção, que restringe a pessoa de atingir os locais onde uma queda possa vir a ocorrer; c) sistema de limitação de queda, que consiste em dispositivos que limitam a extensão da queda, de modo que a pessoa permaneça presa.

São exemplos de sistemas de prevenção de quedas: guarda-corpos; barreiras; sistemas de proteção de periferia, previstos na NR18, geralmente constituídos de guarda-corpo, rodapé e vãos preenchidos com tela2. Devem-se disponibilizar pontos para a fixação desse sistema de prevenção e, sempre que possível, instalar a proteção na estrutura de aço ainda ao nível do solo (vide figura 1), reduzindo o risco de trabalhos em altura para a instalação do sistema. Mesmo que a sequência de trabalho limite a instalação completa de tais itens ainda no solo, a disponibilização de pontos de fixação adequados facilita e torna mais ágil a instalação em altura4,6. É importante também o projeto de guarda-corpo de periferia e plataformas de proteção em perfis tubulares de aço, com dimensões ajustáveis, de forma a permitir o reaproveitamento em diversas obras3.

projeto05-fig01

Figura 1: Proteção de periferia fixa na viga antes do içamento4

Os sistemas de retenção consistem em pontos de ancoragem ou cabos-guia onde são fixadas as ligações dos cintos de segurança tipo abdominal, utilizado como limitador de movimentação2. É recomendável a previsão, ainda na fase de projeto, de pontos de ancoragem estratégicos nas lajes inferiores (vide figura 2) ou superiores, ou em pilares. Cabos de aço passando por orifícios ou ganchos previamente executados nos pilares também podem ser utilizados como cabos-guia para a fixação de cintos de segurança3. A capacidade dos orifícios e ganchos de servirem como dispositivos de fixação do cinto ou de cabos-guia será determinada conforme: seu diâmetro; distância da borda; a adequação às exigências da argola, do cabo-guia ou dos demais conectores.

projeto05-fig02

Figura 2: Ponto de ancoragem para fixação de cinto de segurança9

Os sistemas de limitação de queda consistem em: redes de segurança e cabos-guia ou pontos de ancoragem aos quais se conecte o cinto de segurança tipo paraquedistas. Esse sistema deve ser armado nos casos em que as barreiras fixas e os dispositivos de retenção não puderem ser instalados. Podem-se prever orifícios e pontos de ancoragem, dimensionados para suportar impactos de queda, para a instalação de cabos-guia ou para a fixação direta dos cintos de segurança. Onde possível, o ponto de ancoragem deve ser colocado acima do trabalhador para minimizar a distância de queda. Espaço suficiente abaixo do trabalhador deve ser garantido de forma que a corda que limita o comprimento da queda não seja maior que a distância a qualquer obstáculo4. A NR35 aborda esses dois últimos itens de forma semelhante.

Assim sendo, para a instalação desses sistemas devem-se prever: a) orifícios ou outros elementos estruturais nas colunas; b) placas ou outros acessórios que permitam soldagem ou parafusagem; c) orifícios em vigas; d) pontos de ancoragem nas lajes, pilares e vigas. Esses elementos estruturais também podem ser úteis na fixação de dispositivos de içamento4.

Redução dos trabalhos de união de peças em altura

A montagem prévia de subconjuntos de peças ainda no térreo é, na maioria das vezes, o método mais adequado e seguro de construção6. Os montadores devem reduzir a necessidade de trabalho em altura e montar o máximo de estruturas de aço possível ao nível do solo, ou a partir de lajes de piso construídas7.

Preferência por ligações soldadas de fábrica ou parafusadas em campo

Sempre que possível, deve-se prever soldagem de fábrica e ligações parafusadas em campo para evitar situações perigosas ou incômodas para o trabalhador. As ligações em campo devem ser preferencialmente parafusadas, não só pelas necessidades inerentes à soldagem (disponibilidade de energia elétrica, soldadores qualificados, etc.), como também para se evitar os riscos associados ao processo10.

Detalhamento de peças garantindo acessibilidade e menores riscos

Sempre que possível, devem-se evitar superfícies ásperas, cantos vivos, quinas em ângulos agudos, rebarbas ou outras saliências em peças, para não causar acidentes quando em contato com os trabalhadores.

O detalhamento deve considerar a facilidade de execução das ligações7. Ter familiaridade com as dimensões das ferramentas necessárias para realizar ligações em campo pode ajudar os projetistas a especificar conexões mais acessíveis e práticas, e evitar riscos ergonômicos e de acidentes na montagem. São exemplos de aspectos de projeto que podem influenciar e reduzir os riscos5: disponibilizar espaço suficiente para acesso das mãos e ferramentas nos locais de ligação; evitar ou esconder cantos vivos próximos ao local das ligações; evitar conexões ou outros obstáculos em cima de vigas.

projeto01-p

Projeto dos pontos de ligações de forma a evitar riscos ergonômicos, quando possível. Eliminação de cantos afiados.

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/projeto-para-construcao-metalica-segura
  • Estruturas Metálicas Cordeirópolis
    Endereço: Av. Fazenda Ibicaba nº 400 - Distrito Industrial II - Cordeirópolis-SP
    E-mail: contato@emc.ind.br
    Telefone: (19) 3546 -1890
COPYRIGHT © - Estruturas Metálicas Cordeirópolis - Todos os direitos reservados -